sábado, 21 de janeiro de 2012

Benefícios do Chá Verde


                             
Um segredo milenar de saúde. Os últimos estudos na Europa revelam que o chá verde pode proteger o cérebro de doenças como o Mal de Alzheimer e previne contra o câncer.

Rico em substâncias que previnem o envelhecimento precoce das células do corpo.

“O chá verde apresenta a catequina que é um antioxidante, o flavonóide que tem uma ação vascular, a cafeína que melhora a parte cognitiva e melhora a parte cardíaca, e apresenta vitaminas também do complexo b, complexo c e vitamina k”, conta o nutrólogo Edson Credidio.
                                
Ele também é indicado para o emagrecimento. “Porque acelera o metabolismo. A pessoa tem uma tendência a perder peso”, completa o nutrólogo.
Mas para obter os benefícios é preciso tomar o chá de forma correta.

“Nós devemos utilizar uma colher de chá rasa para cada xícara de chá. O ideal seria tomar após o almoço ou após o jantar. Algumas pessoas têm alteração de sono por causa da cafeína, então o ideal seria no almoço. Mas é uma vez por dia só. O excesso é prejudicial”, diz Edson.
O excesso seria mais de quatro ou cinco xícaras por dia e pode sobrecarregar o fígado e outros orgãos.

“Além da toxicidade hepática, pode provocar gastrite, úlcera gástrica com sangramento, que às vezes não é perceptível, causando problemas sérios ao paciente. Algumas substâncias do chá diminuem a absorção de ferro e a pessoa fica anêmica”, explica João Ernesto de Carvalho, coordenador de um centro de pesquisas da Unicamp.

A preocupação com o consumo descontrolado de chá verde ficou maior com a comercialização de cápsulas com um concentrado do produto. A Anvisa não reconhece a eficiência dos chás produzidos dessa forma.
                                  
De acordo com pesquisadores da Universidade de Campinas, o chá verde em cápsulas tem uma concentração muito grande dos princípios ativos. Para se ter uma ideia, uma única unidade é equivalente a 10 xícaras de chá. Um exagero que em vez de trazer benefícios vai prejudicar a saúde.

“Pode causar diarreia, vômito, mal estar, batedeira, insônia, irritabilidade“, enumera o nutrólogo Edson Credidio.

“Quando você pega o chá, tira a água e põe em cápsula, ele passa a ser outro produto”, fala o pesquisador João Ernesto.

Em vez de tomar cápsulas, o médico Claudio de Lima Barbosa prefere misturar o chá verde com outras frutas para variar o sabor e ganhar saúde.

“Costumo fazer uma combinação de sucos de frutas com o chá verde. Com pêssego, abacaxi, abacaxi com hortelã, manga. Fica muito bom, saboroso e delicioso”, sugere o médico.

Fonte: JH

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

AMENDOIM

A maioria dos estudos indicam que o amendoim foi identificado pela primeira vez no Brasil, durante o período de colonização. Era muito consumido pelos povos nativos, tanto é que diversas histórias indígenas se referem a essa semente. Entre os mitos Tuparis, por exemplo, a árvore do amendoim era a que segurava o céu.

                          

Em média, há 30% de proteínas nas sementes. Já o óleo contém cerca de 50%. Por ser uma das fontes vegetais com maior quantidade de proteína, o amendoim consegue amenizar a carência das fontes animais em regiões pobres, onde a carne é pouco consumida. Não foi à toa que, em 2004, o governo da Paraíba recomendou a utilização do amendoim nas merendas escolares da rede pública, junto com o gergelim.

                                   


ANTES DE CONSUMIR, SAIBA QUE:
Hipertensos devem restringir o consumo de amendoim com sal.
Diabéticos precisam ter atenção com derivados doces, tais como pé-de-moleque.
- Quem tem alergia à semente precisa prestar atenção nas embalagens de produtos como sabonetes, cosméticos e margarinas, para verificar se há derivados de amendoim em sua composição.
- Deve ser armazenado em locais protegidos de luz, pois é rico em gorduras e pode ficar rançoso com o calor. “Quando comprar, prefira os acondicionados em embalagem escura”, aconselha Dith Mesquita.
- É melhor conservá-lo em locais secos. Repare se a embalagem está intacta, pois o contato com a umidade pode facilitar a proliferação do Aspergillus flavus, um fungo que produz aflatoxina, nociva à saúde.

                                     

Seu principal componente para a saúde humana é a gordura insaturada; e uma das principais gorduras desse tipo é o ácido linoléico. “As gorduras insaturadas atuam diminuindo os níveis de LDL, que é o colesteral “ruim”. Por isso, previnem doenças cardiovasculares”, explica a nutricionista Dith Mesquita, professora da Universidade Anhembi-Morumbi. O amendoim puro não contém colesterol, o que é uma excelente notícia, afinal, além de ser livre das gorduras “ruins”, ele ainda diminui os níveis já presentes no organismo. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A função dos alimentos funcionais

                                    

Segundo a matéria publicada no Jornal da UNICAMP, além de equipamentos desenvolvidos meticulosamente para a produção ou aperfeiçoamento de alimentos, a Cientec mostrou também a necessidade de técnicas mais eficientes para a conservação de nutrientes, como no evento “Alimentos Funcionais”, apresentado pela professora Hilary Menezes, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.

Alimentos funcionais, segundo definição da pesquisadora, é um termo gerado para cobrir aqueles alimentos que não apenas nutrem a pessoa, mas que também contêm algum componente específico que beneficia a saúde, no sentido de aumentar a resistência a doenças ou fortalecer uma parte específica do corpo. Assim, ajudam prevenindo doenças e envelhecimento.

“São alimentos mais relacionados com a prevenção do que com a cura. É aparente que todo consumidor desses alimentos será beneficiado”, afirma a professora. O problema tecnológico do processamento dessas matérias-primas é a conservação do componente funcional na sua forma ativa durante o processo de elaboração. “Este é o desafio do engenheiro de alimentos que trabalha com esses produtos”, explica.

Durante a Cientec, os pesquisadores apresentaram pôsteres, dados de produção e informações sobre os componentes funcionais de várias frutas e cereais brasileiros. Também exibiram produtos de cereais disponíveis para inspeção.


                                            Sucos exóticos

                               

Vivendo uma febre por consumo de sucos exóticos vindos da Amazônia brasileira, como o açaí e o cupuaçu, o Sudeste em breve vai ganhar outras opções, igualmente energéticas. Já está consolidado na Faculdade de Engenharia de Alimento (FEA) da Unicamp, um estudo para a elaboração do camu-camu em pó – é outro fruto rico em vitamina C. Também encontra-se em andamento, em nível de doutorado, pesquisa para a fabricação de castanha-do-pará extrusada, uma espécie de “cereal matinal”.

Estas foram apenas duas das novidades em alimentos funcionais expostas pela FEA na Cientec. Os visitantes puderam experimentar e ouvir explicações, por exemplo, sobre o pão funcional: ele é aditivado com a quitosana proveniente da casca de crustáceos (camarão e lagosta), que tem a propriedade de baixar o colesterol, e com soja, que combate a osteoporose, o câncer da próstata e doenças coronárias. 

“Além disso, o pão contém fibras provenientes de vegetais solúveis e insolúveis, que funcionam igualmente na redução dessas doenças, pois elimina componentes indesejáveis do organismo através das fezes”, explica a professora Maria Luzenira de Souza, da Universidade Federal do Acre e doutoranda da FEA.
Lusenira foi uma das encarregadas de orientar os visitantes durante a exposição. É dela o estudo para produzir castanha-do-pará extrusada, já que, embora tenha esse nome, está no Acre a sua maior produção. Quando estiver aprovada, a castanha extrusada vai ter a aparência dos cereais matinais, a maior parte deles proveniente de multinacionais da alimentação.
Já o camu-camu é um vegetal da região amazônica e está sendo trabalhado por alunos de doutorado da FEA e uma do Pará. A fruta em pó já está sendo muito procurada para exportação.
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Cheiro bom
O café pode ser em pó (o famoso), granulado (chamado solúvel) ou o gourmet (que é para poucos). Quem passeou pela Cientec pôde aprender como provar e avaliar um bom cafezinho, sob orientação do Ital (Instituto de Tecnologia de Alimentos). Tanto da Mostra do Ginásio como no Centro de Convenções, o gosto do consumidor foi aferido por um moderno programa de computador. A meta era construir um perfil de qualidade do café nacional e mostrar ao degustador os segredos do produto: a cremosidade da espuma, vendo o tempo que o açúcar demora para afundar; o amargor sem acidez; e, claro, o aroma, principal sentido do mundo animal.
O Ital, debruçando-se sobre a ciência microbiológica, microscópica, reológica e química, também fez demonstrações sobre reações em alimentos do cotidiano, como pão, queijo, molho de tomate, salsicha e amendoim.

Fonte: UNICAMP